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Liderança em supply chain: quais são os maiores desafios atuais

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CICLO Academy

20 out 2025
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Em breve 2026!

🚀 PIT STOP SUPPLY CHAIN 2026 AI, sustentabilidade e resiliência global já estão redesenhando o futuro das cadeias de suprimentos. O evento mais estratégico do setor reúne líderes e especialistas para transformar desafios em vantagem competitiva. 🌍 O futuro da Supply Chain é agora – você está preparado?

A liderança em supply chain e logística, hoje, é guiada pelo ímpeto e pela resiliência dos executivos diante das transformações constantes do setor — em especial a inovação tecnológica e as variáveis econômicas da cadeia de suprimentos. O caminho para alcançar melhores resultados depende, diretamente, das habilidades que esses profissionais aplicam na prática para transformar suas operações.

Quando conseguem alinhar estratégia, inovação e gestão de pessoas, abrem espaço para grandes oportunidades. Essas ações engajam equipes e ampliam a capacidade da companhia de atender, com excelência, às demandas de fornecedores, clientes e parceiros.

Com esse olhar, quatro executivas, representantes de grandes players do mercado, compartilharam no 39o Simpósio Supply Chain, da CICLO Academy, uma masterclass repleta de insights sobre como os líderes podem adotar ações mais efetivas para enfrentar os desafios atuais.

A execução de tarefas complexas passa, necessariamente, por mudanças estruturais que impactam o atual cenário do supply chain. Neste conteúdo, mostramos quais transformações criam novas demandas e como incentivam as lideranças a inovar e reorganizar processos.

As mudanças que moldam o setor — e por que desafiam as lideranças em supply chain

Uma das transformações mais significativas no supply chain é o avanço da tecnologia. Para Thatiana Castro, Global Technology, Engineer and Transformation Projects da Unilever, avançar diante desse desafio exige que as lideranças valorizem habilidades humanas — aquelas que não podem ser replicadas por ferramentas de inteligência artificial (IA). Entre elas estão:

  • Stagility, que une o desejo do colaborador à necessidade das empresas;
  • Posicionamento do líder diante da inovação, mantendo o equilíbrio do compliance;
  • Aderência às normas x desafio ao status quo;
  • Controle de risco x a tomada de risco.

A seguir, exploramos como essas habilidades se traduzem em práticas que fortalecem negócios.

4 habilidades humanas que impulsionam a evolução dos negócios

 

1) Stagility

O stagility combina a estabilidade buscada pelos colaboradores com a agilidade necessária ao desenvolvimento dos negócios. Na perspectiva de Ana Oliveira, diretora de excelência operacional de Production e Supply da Syngenta, essa abordagem resulta em maior adaptabilidade, inovação, satisfação do cliente e engajamento dos funcionários, ao mesmo tempo em que mitiga riscos e sustenta o crescimento a longo prazo.

2) Estabilidade e equilíbrio

Em meio à inovação, líderes precisam se posicionar enquanto transformam os seus processos. E isso tem que ser feito de maneira sempre segura, estável e em conformidade com legislações, padrões éticos e regulamentos. Para Ana Oliveira, essa combinação entre estabilidade (processos sólidos) e agilidade (capacidade de se adaptar rapidamente a mudanças) é determinante para o sucesso, pois permite responder às necessidades do mercado sem abrir mão de uma base confiável.

3) Até quando arriscar – e como controlar riscos

Controlar riscos é essencial, mas a inovação também exige assumir riscos calculados. Para Thatiana Castro, os líderes que testam projetos-piloto — mais ágeis e com risco controlado — colaboram para a mudança de paradigma nas empresas. A curiosidade e a inovação contínua são combustíveis para esse processo.

4) Processo de tomada de decisões e engajamento das equipes

Tomar decisões exige maturidade e preparo emocional. Ana Oliveira destaca cinco pilares que estruturam esse processo em diferentes níveis de evolução. São eles:

  • Reações (nível 1);
  • Antecipação com conectividade (nível 2);
  • Integrar com visibilidade e transparência (nível 3);
  • Colaboração com previsibilidade (nível 4);
  • Orquestração com adaptabilidade (nível 5);

Esses estágios mostram como a cadeia de suprimentos pode ser gerida com maior resiliência, inteligência emocional e empatia. É um cenário que evidencia que as lideranças devem estar preparadas para a “disrupção”, sabendo gerenciá-la com o uso correto de recursos humanos, processos e tecnologias.

Para Flávia Marques, gerente de Supply Chain, Strategy, Procurement, Planning & SOP e Global 3PL Management Excellence da Pepsico, engajar equipes depende da maturidade da liderança e de investimentos em quatro áreas principais:

  • Pessoas;
  • Tecnologia;
  • Processos;
  • Competências.

A intenção de transformar: como líderes impactam positivamente suas equipes

Engajamento não é apenas resultado de investimentos financeiros, mas também do exemplo das lideranças. E Flávia Marques vai além. “O que você faz, não o que você diz, é o que será visto como reflexo pelo time — e será feito. O exemplo é necessário, mas se você deseja influência, é preciso dedicar tempo no desenvolvimento da equipe. Essa é a intenção de transformar”, diz.

A executiva da Pepsico entende que as lideranças precisam ser a referência de mudança no comportamento dos times. E compartilha ainda um exemplo pessoal: ao estudar conceitos básicos de prompt engineering, ela inspirou um colaborador que hoje a apoia na implementação de ferramentas de IA.

“As pessoas se transformam pela maneira como você as faz sentir. Quanto você está fazendo para transformar as pessoas que trabalham com você? Se já existe uma mudança de comportamento, o potencial da ferramenta poderá ser mais bem utilizado”, conclui.

Pesquisa mostra que líderes querem evolução humana junto à tecnologia

“Os líderes acreditam ser essencial que as habilidades humanas evoluam com a tecnologia. No entanto, poucos enxergam avanços concretos nesse sentido”, afirma Ana Oliveira, com base em dados da Global Human Capital Trends(2025).

O estudo analisou como os executivos lidam com escolhas cada vez mais complexas no ambiente corporativo. O equilíbrio entre competitividade e cultura organizacional aparece como ponto central, mostrando que os melhores resultados – tanto corporativos quanto humanos – dependem da capacidade de alinhar pessoas e tecnologia.

Para Ana, o papel da liderança é decisivo. Ela defende que os executivos saibam ouvir o feedback dos colaboradores e transformá-lo em ações práticas, fortalecendo a empresa e criando uma trajetória motivadora que eleve a performance da equipe. Isso pode ser feito a partir de ferramentas como:

  • Definição de metas internas e externas, aliada à perspicácia de negócios (business acumen);
  • Análise do impacto das atitudes sobre a otimização da cadeia de suprimentos (PNL).

Segundo a executiva da Syngenta, os executivos precisam ser corajosos e manter a mente aberta, apoiando equipes diversas e protagonistas. “Além disso, devem promover uma liderança com propósito, visão sistêmica e foco em pessoas, porque, unidos, executivos e colaboradores podem impulsionar os negócios”, reforça.

Supply chain: de centro de custos a gerador de valor estratégico

As decisões das lideranças não apenas asseguram prosperidade aos negócios, como também estão transformando o papel do supply chain dentro das empresas.

Para Katharine Lessa, diretora de Planejamento e Melhoria Contínua em Supply Chain da Mosaic, a cadeia de suprimentos, que antes estava concentrada na gestão de custos, agora é um vetor de geração de valor para as companhias.

Nesse cenário, ela defende que o profissional de supply deve exercer um papel estratégico e ser protagonista na tomada de decisões. Em vez de apenas equilibrar capacidade de produção e demanda, “que geram planos operacionais com foco em volumes”, esses líderes evoluíram, apresentando na atualidade execuções relacionadas a:

  • Apresentação de cenários;
  • Monetização de planos;
  • Matrizes de risco que refletem sobre impacto financeiro e probabilidades.

Katharine Lessa defende que as lideranças do setor proporcionem experiências e entreguem expectativas, dentro de um universo de previsibilidade, comunicação e confiança “ao longo de toda a cadeia de suprimentos”.

Essas ações respondem pela geração de valor, sustentada por profissionais que trabalham “com excelência nos bastidores, orquestrando as áreas da empresa para garantir decisões alinhadas e evitar gaps de informação”.

Do preditivo para o prescritivo, com foco em resultados

Para a diretora da Mosaic, o profissional de supply deve ir além do modelo preditivo – que prevê o que vai acontecer – e evoluir para uma atuação “prescritiva”. Ou seja: antecipar ações antes mesmo dos eventos ocorrerem. Essa atitude coloca o planejamento no centro das decisões da empresa, influenciando diretamente na agenda da empresa.

“O impacto nos resultados é sensível. Quando há erros nas operações, a responsabilidade sempre recai sobre a equipe de supply chain. Mas, quando tudo está bem executado, também somos os responsáveis. Não podemos ser invisíveis, e o líder deve reafirmar essa posição”, destaca Katharine.

Os insights compartilhados por ela e outras três executivas durante o 39o Simpósio Supply Chain, promovido pela CICLO Academy, reforçam como a liderança do setor está redefinindo seu papel: de suporte operacional a protagonista na geração de valor e competitividade. Continue acompanhando o que aconteceu neste evento no nosso HUB de Conteúdo.

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