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A transformação digital já impactava todos os setores em todo o mundo e a pandemia acabou acelerando de forma estrondosa esse processo. O crescimento do e-commerce é um dos exemplos mais claros disso.
Nesse cenário, a logística ressaltou o seu papel importantíssimo, já que é responsável por impactar setores fundamentais, como o estoque e a cadeia de suprimentos (Supply Chain). Mas como está o panorama do e-commerce no Brasil? Qual é o papel da logística nesse contexto? Quais os principais desafios a serem superados? Confira essas e outras questões fundamentais neste post. Boa leitura!
O impacto da pandemia sobre o e-commerce
É difícil compreender uma situação de crescimento em meio a uma pandemia que exigiu diversos isolamentos horizontais ou verticais em todo o mundo, com o fechamento de comércios funcionando em lojas físicas e outras restrições rígidas. Em certos casos, a possibilidade de lockdown foi real e é claro que esse fator freou de forma muito profunda a economia, que sofreu impactos com baixíssimos deslocamentos necessários para sua circulação ideal.
Por outro lado, a tecnologia da internet proporcionou alternativas de continuidade das atividades afetadas pelo isolamento social. Nesse sentido, o comércio eletrônico (e-commerce) foi impactado de forma positiva, e isso aconteceu justamente por se tratar de uma das alternativas mais seguras de compra, desde itens essenciais até aquisições mais pontuais.
O crescimento do e-commerce no Brasil em meio à pandemia
A ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), junto ao movimento Compre & Confie, revelou um crescimento do e-commerce no Brasil de 56,8% nos cinco primeiros meses do ano de 2020 em relação ao ano de 2019. Além disso, há uma expectativa de evolução ainda maior, já que 52% dos entrevistados de outra pesquisa, da consultoria IDC, revelam pretensão de comprar ainda mais pela internet.
Em meio a todas essas transformações, vale uma reflexão dos processos de Supply Chain em relação às mudanças nos negócios. A experiência do cliente é um dos casos a se considerar com a possibilidade de convergência entre o mundo físico e o on-line.
Diante dessas circunstâncias, é preciso que gestores interessados na digitalização do seu negócio considerem, em seus planejamentos, a necessidade de um controle mais eficaz para uma boa implementação de e-commerce. As dificuldades na cadeia de abastecimento e a falta de integração com o serviço podem se tornar um problema muito importante para a viabilidade desse relevante canal de venda. Acompanhe, agora, algumas das considerações essenciais para o planejamento do seu e-commerce.
A solução omnichannel
Nesse caminho de aprimoramento, a estratégia omnichannel aparece como um dos recursos fundamentais, pois integra a comunicação dos sistemas de controle de estoques e níveis de serviço, evitando o comprometimento da digitalização com divergências de informação entre os elos da cadeia de suprimentos.
Especificamente no universo on-line, a integração dos mecanismos populares de comunicação digital, como WhatsApp e Facebook, cada vez mais utilizados na efetuação de compras e vendas, além de evitar falhas de comunicação interna, ainda pode ser uma fonte de informação valiosa quanto a movimentos e tendências de procura e demanda.
O Ship From Store como estratégia competitiva
Mais um recurso especial no caminho do planejamento do e-commerce, o Ship From Store (SFS) aparece como uma inovação voltada para o aprimoramento da experiência de compra do consumidor. O objetivo é transformar uma loja física em ponto de distribuição e utilizar o próprio estoque para as demandas online.
Nesse caso, o cliente terá a comodidade de receber em casa ou buscar em uma unidade física próxima. Alguns dos principais benefícios do Ship From Store envolvem:
- otimização dos processos logísticos;
- redução de desperdícios;
- redução de custos com transporte.
A importância do Last Mile em e-commerce
O Last Mile, última milha nos processos logísticos, é uma das fases mais complexas e onerosas para a entrega de mercadorias das vendas online. Isso porque equilibrar custos e níveis de serviços exige das empresas uma reorganização cuidadosa estratégica e tática dos processos e das integrações de tecnologias e parcerias sólidas com fornecedores, transportadoras e prestadores de serviços.
Considerando que a velocidade pode representar um diferencial competitivo no mercado, imprimir ações eficazes para que a logística reduza ao máximo o tempo de entrega é fundamental e a estratégia digital será mais bem-sucedida. Na maioria dos casos, isso determinará a opção de compra do cliente e a garantia de entrega assegurará a credibilidade da empresa.
A digitalização não é o bastante
Já não há mais possibilidades de pensar na digitalização como opção, ou seja, não é uma questão de fazer ou não, mas de como fazer, já que o nível de incerteza permanece alto no cenário pandêmico que vivenciamos.
Dessa forma, há de se considerar uma nova rotina de consumidores com menos deslocamentos e mais presença digital, o que pede a implementação de soluções tecnológicas, como:
- inteligência artificial;
- robotização;
- automação;
- delivery;
- torres de controle; outros.
Os desafios atuais do e-commerce
Nem tudo são flores neste mundo de crescimento. Infelizmente, alguns aspectos configuram dificuldades a serem superadas. O próprio despreparo diante de um crescimento de demanda inesperado pode significar uma queda de qualidade de serviço em uma empresa.
O crescimento repentino de procura de um tipo de serviço, como no caso das compras online em meio à pandemia, é um exemplo de que é importante haver não apenas planos de contingência bem estruturados, mas estratégias pré-estabelecidas para casos de grandes elevações na saída de produtos.
Especificamente falando sobre e-commerce, a alta demanda em compras online gerou desafios para a distribuição urbana: aumento de meios de transporte de entrega na rua, congestionamentos e segurança física — além de dificuldades de cunho digital, como divergências de estoque, problemas com segurança da informação e sistemas incapazes de atender a altas demandas.
Os “problemas logísticos para a logística”
A pandemia aumentou consideravelmente o nível de incerteza e isso deve ser mais um dos fatores de risco a serem colocados no planejamento. As medidas de proteção, como divisões das operações em células, controle de temperatura, necessidade constante de higienização das mãos e o uso de luvas e de máscaras, impactam tanto a economia quanto o tempo de execução.
Ainda nesse contexto, não há como prever a possível infecção de um ou mais funcionários, reduzindo a equipe e afetando o andamento. Há alguns meses, algumas cidades experimentaram a restrição de circulação de veículos e ainda estamos sujeitos a novas e até a outras restrições, o que pode representar mais fatores complicadores.
A mudança de mindset
Uma constatação clara diante do momento é a necessidade de mudança de mindset por parte de gestores em geral, incluindo os líderes de logística. A espera de um retorno do cliente ao seu comportamento anterior à pandemia é um erro.
Ou seja, a solução não deve ser um ajuste para a volta aos padrões, mas um constante acompanhamento das próximas ações dos clientes, ou seja, deve-se pensar “daqui para frente”, o que, em muitos casos, pode ressignificar toda a cultura de uma empresa. É a disseminação de uma ideia geral de que mudanças acontecem a todo tempo e cada vez mais, sendo necessário seguir esse novo padrão para sobrevivência.
Estar aberto para implantar as novas tecnologias na prática é o fator essencial para o aperfeiçoamento nesse segmento. Invista na integração de tecnologias digitais com o plano de e-commerce de maneira que o negócio possa oferecer agilidade e qualidade na entrega, fatores importantíssimos para a credibilidade do negócio.
A tríade da evolução
Estar preparado para esse cenário e atualizado sobre as constantes inovações do mercado ditará quais players se sustentarão no setor, portanto, priorizar três bases fundamentais, como inteligência, benchmarking e network, é essencial para que o líder amplie a sua visão de futuro e tenha mais precisão sobre as perspectivas.
A participação em eventos, o acompanhamento de pesquisas e a busca de conhecimento devem estar continuamente na trajetória do líder de excelência para que ele possa oferecer o máximo de qualidade com menores custos.
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