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Cadeia de suprimentos da CSN garante savings

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CICLO Academy

03 nov 2025
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24 e 25 Março 2026

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A cadeia de suprimentos da produção de cimento é uma das mais complexas da indústria brasileira. Com alta dependência de matérias-primas de grande volume – e uma logística de transporte constante de produtos pesados –, o setor enfrenta inúmeros desafios. A maioria deles dialoga com a eficiência, a inovação e a sustentabilidade. Isso também acontece na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), uma das gigantes do mercado brasileiro na produção de aço e cimento.

Diante das dificuldades que envolvem a integração de sua cadeia de supply, a empresa tem apresentado soluções logísticas que fornecem aos clientes serviços com segurança, respeito ao meio ambiente, agilidade e economia.

Durante o 39o Simpósio Supply Chain, organizado pela CICLO Academy, o diretor de logística da CSN, João Lourenço, apresentou um case sobre como essa indústria de base se organiza – do planejamento à execução – para fornecer suporte à construção civil e a outros setores com altíssima demanda pelos seus produtos.

Neste conteúdo, trazemos mais dessa história.

Sustentabilidade da mineração e da produção de cimento

Um dos primeiros desafios enfrentados pela cadeia de suprimementos da CSN refere-se à extração dos minérios que serão utilizados na produção do cimento. A empresa trabalha em defesa da sustentabilidade desde o processo de retirada da argila e do calcário, componentes essenciais para a produção de cimento. Nessa etapa, a maior preocupação é com o respeito à natureza e às populações do entorno das áreas de mineração.

A CSN também trabalha para integrar suas metas ESG (Environmental, Social and Governance) ao processo de queima das matérias-primas em altas temperaturas – etapa que dá  origem ao clínquer, material granulado que, adicionado ao gesso, resulta no cimento.

O cuidado da indústria com o meio ambiente é essencial, mas não suficiente quando falamos de ESG. Ele deve ser aliado a uma política que se relaciona com a sustentabilidade e a segurança do transporte dos produtos – envolvendo diversos modais, fornecedores e clientes.

O desafio do transporte de grandes volumes

Em um cenário de movimentação de cerca de 40 milhões de toneladas de minério por ano, que envolve também a siderurgia, a CSN depende de uma logística de transporte altamente organizada e segura para garantir o escoamento e o abastecimento em 17 estados brasileiros.

Segundo João Lourenço, esses números expressivos exigem soluções logísticas eficientes, sustentáveis e inovadoras, capazes de gerar valor agregado ao negócio. Por essa razão, a CSN investe em  uma cadeia logística com estrutura própria, que integra:

  • Fábricas;
  • Portos;
  • Terminais;
  • Centros de serviços.

Mesmo contando com diversas áreas destinadas à movimentação e estocagem dos produtos, a companhia precisa reorganizar sua malha logística constantemente, com o propósito de reduzir deslocamentos e custos. E como a CSN planeja e executa esses processos?

O redesenho da malha logística da CSN

Como o cimento é um produto volumoso, mas de baixo valor agregado, exige uma rede de distribuição robusta para manter a competitividade. Para superar esse desafio, a CSN investe no  planejamento, desenvolvimento e execução do redesenho de sua malha logística, de modo a atender mais de 8 mil clientes no Brasil.

Uma das principais ações é a implantação de 20 centros de distribuição (CDs), localizados de forma estratégica para ampliar a proximidade dos clientes industriais e reduzir o raio médio de atendimento. Resultado: entregas mais rápidas, CDs abastecidos e transporte mais barato.

A tecnologia também é aliada nesse processo. Os clientes podem acompanhar, em tempo real, seus pedidos a granel por meio de uma ferramenta de confirmação digital.

Infraestrutura adequada nos pátios e CDs garante eficiência

Na gestão dos pátios e centros de distribuição, a CSN aposta em uma  infraestrutura capaz de atender à demanda de veículos, equipamentos e pessoas. Isso  garante processos mais eficientes  e de baixo custo.

A empresa fez uma radiografia de suas plantas e elaborou um plano diretor de investimentos nos pátios, terminais intermodais e CDs. Com base nessas informações, destinou recursos para melhorar o conforto dos colaboradores durante sua permanência no trabalho.

“Esse cuidado que temos com as pessoas permite que elas trabalhem mais bem dispostas, dedicadas e percebam que a empresa preza pela sua qualidade de vida. Foi uma escolha simples da CSN, mas que fez toda a diferença na satisfação das equipes”, diz João Lourenço.

Com as plantas reestruturadas e a malha logística redesenhada, surge a questão: qual a melhor forma de transportar o cimento? A empresa usa ferrovias e rodovias e, sobre os trilhos e estradas, o cimento circula pelo Brasil com agilidade e segurança.

Ferrovia: escolha econômica e eficaz para a cadeia de suprimentos da CSN

Apesar de o Brasil ainda não dispor de uma malha ferroviária proporcional à sua produção, a cadeia de suprimentos da CSN tem utilizado esse modal para garantir escala e eficiência logística.

João Lourenço explica que os investimentos da empresa em infraestrutura têm priorizado locais onde há disponibilidade de trens. A companhia é a maior distribuidora de cimento por via ferroviária no país e, com o suporte deste modal, atinge três frentes estratégicas prioritárias:

  • Redução de custos;
  • Sustentabilidade ecológica;
  • Segurança ampla na comparação com as rodovias.

Rodovias: segurança e redução de custos a partir da IA e do machine learning

Mesmo que as ferrovias sejam uma alternativa viável para a movimentação de grandes volumes de cimento, as rodovias ainda estão à frente em termos de número de viagens e quantidade de produto.

Para que elas sejam mais seguras, a CSN investe no treinamento de suas equipes, visando a redução da taxa de acidentes e de sinistros, além de monitorar a quilometragem de cada caminhão com uso de software para visibilidade da frota.

Com auxílio do machine learning e da inteligência artificial, ferramentas que analisaram e fizeram o tratamento de sua base de dados, a empresa reduziu em quase 100% as multas por excesso de peso. Além de gerar uma economia significativa, a tecnologia ainda diminui o desgaste dos caminhões.

E não para por aí: a cadeia de suprimentos da CSN também busca outras fontes de redução de custos logísticos, com foco no frete.

Negociação de contratos no modelo de fretes economiza 35 milhões em um ano

Outro movimento importante da CSN para dinamizar a sua cadeia de suprimentos e reduzir custos foi a renegociação de contratos de fretes, que gerou R$35 milhões de economia em 2024. 

Para alcançar essa redução, a empresa utiliza uma metodologia de escolha das melhores negociações. Ela combina a captação de motoristas autônomos com a diminuição da distância média percorrida (271 km).

Mensalmente, 32% da produção da CSN já é escoada nesse modelo, que promove negociações mais justas, acessíveis e ágeis, além de reforçar a segurança e o bem-estar dos colaboradores.

Outras boas práticas relacionadas à negociação de contratos envolvem:

  • Curva de fretes;
  • Questionário;
  • Escopo;
  • Visita técnica;
  • Negociação;
  • Resultado.

Além da redução de custos, a empresa tem investido na implementação de novos projetos.

Desenvolvimento de escritório de projetos 

A CSN também estruturou um “escritório de projetos” liderado por uma consultoria interna que fomenta os setores da empresa a pensarem e executarem projetos de natureza positiva para a CSN. A iniciativa estimula a melhoria contínua a partir das metas por resultados esperados.

“Esse incentivo à inovação dos projetos mobiliza as equipes, dissemina uma missão em prol de boas práticas e leva o profissional a aprimorar sua iniciativa. O resultado é uma CSN mais competitiva e uma jornada coletiva de sucesso”, conclui João Lourenço.


Rumo ao 40o Simpósio Supply Chain

Este foi mais um dos conteúdos apresentados pela CICLO Academy durante o 39o Simpósio Supply Chain. A edição de 2025 chegou ao fim, mas a jornada continua.

Prepare-se para a histórica 40a edição do evento, quando cases, masterclasses, debates e palestras estimulantes devem movimentar o mercado no próximo ano. Continue acompanhando o que há de mais relevante no supply chain do Brasil e do mundo em nosso HUB Supply Chain!

 

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