

Liderança estratégica, conexões de alto nível e o futuro do Procurement.
O bom desempenho da cadeia logística nas empresas depende diretamente de integração entre procurement, setor de compras e departamento financeiro. Mas como essa união estratégica pode se tornar um diferencial competitivo e uma verdadeira trilha para o sucesso no varejo?
Quem responde com propriedade é Biagio Presser, Diretor de Procurement e Head de Compras do Grupo Pão de Açúcar (GPA), com passagens marcantes também pela LATAM e Casas Bahia – um expert no tema.
Durante sua masterclass no 16o Summit CICLO – PIT STOP Supply Chain 2025, Presser mostrou quais perguntas o gestor deve fazer ao desenvolver cada etapa do procurement — da pesquisa e avaliação de fornecedores à redução de custos, gestão de riscos e identificação das necessidades da empresa. Tudo isso, claro, alinhado ao desenho organizacional.
O que é Procurement e por que ele importa?
O procurement vai além das compras. É uma ferramenta estratégica que garante a disponibilidade de insumos e serviços para a produção, o estímulo a investimentos internos, a economia de recursos – financeiros e operacionais. Principalmente, que possibilita o diálogo constante com stakeholders e colaboradores da companhia.
Além disso, o escopo de atuação inclui a gestão de:
- Matérias-primas;
- Equipamentos;
- Serviços;
- Mercadorias;
- Fornecedores terceirizados (como agências, escritórios e empresas de TI).
Comunicação entre setores alavanca investimentos e reduz custos
A integração entre procurement, setor de compras e financeiro é um dos pilares de uma operação eficiente. Quando mal executada, pode representar prejuízos e frear investimentos.
Presser mostrou, na prática, como essa sinergia ocorre no GPA: o planejamento para o ano seguinte começa entre outubro e novembro. Cada área apresenta suas demandas em planilhas, que são então analisadas pelas equipes estratégicas — permitindo a construção de cenários e hipóteses cruciais para o negócio. Exemplos:
- Necessidade de abertura ou fechamento de unidades;
- Promoção de campanhas de marketing;
- Implementação de projetos;
- Aquisição ou descontinuação de produtos, entre outras.
Essa análise de dados permite mapear oportunidades de economia e idedntificar alavancas financeiras, que são discutidas entre os setores envolvidos.
“Sabendo desse potencial, há mais facilidade para que a proposta seja implantada. Cada área tem um budget diferente. O setor de compras conversa com o financeiro sobre a proposta de saving anual, com base em restrições e hipóteses”, diz Biagio.
Fatores decisivos: o timing certo para agir, a confiança e a transparência
A disponibilidade dessas informações define o próximo passo: o timing para executar os projetos.
“Ter em mente o momento exato de liberar o time para desenvolver o projeto e obter o retorno financeiro esperado é fundamental”, diz Biagio.
A partir daí, surgem alavancas financeiras voltadas a atender aos pedidos, sempre em alinhamento com o orçamento global. A timeline de negociações relacionada a cada grupo de stakeholders e colaboradores deve entregar a rentabilidade esperada pela empresa. Esse mecanismo organizacional ainda possui muitas outras fases. Entre elas:
- Alinhamento com clientes internos;
- Eliminação das sobreposições;
- Divulgação dos planos de despesas para todos os setores da companhia;
- Renegociação e acompanhamento de contratos com alto impacto orçamentário.
Biagio Presser também destaca a importância da confiança entre os setores de procurement, compras e o departamento financeiro – uma relação que deve ser pautada pela transparência, com clareza sobre impactos e formas de compensação.
“Há uma agenda grande no financeiro que pode ser otimizada: contenciosos, organização de dívidas, venda de ativos, fusões e cisões — todas decisões que devem ser tomadas de forma coletiva.”
Hora de agir: como aplicar essa integração com o setor de Compras na sua empresa?
Mesmo em empresas de menor escala, o procurement integrado com compras e o financeiro pode e deve fazer parte do planejamento estratégico. Workshops internos, simulações de saving e reuniões entre áreas são boas práticas para começar.
O resultado esperado? Melhor tomada de decisões estratégicas, contenção de custos desnecessários e promoção de novos investimentos — rumo a uma empresa mais sustentável financeiramente.
Em maio, vem aí o Compras Summit
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